As vítimas do rompimento da barragem de Mariana em 2015, no Brasil, estão buscando cerca de 3 bilhões de libras (3,8 bilhões de dólares) em compensação das mineradoras Vale e Samarco em um novo processo aberto na Holanda, disseram seus advogados na terça-feira (19).
A compensação é reivindicada em nome de quase mil empresas e mais de 77 mil indivíduos atingidos pelo desastre, num processo holandês movido pela Ações do Rio Doce, uma fundação holandesa sem fins lucrativos.
O caso foi aberto na Holanda pela empresa holandesa Lemstra Van der Korst e pela empresa britânica Pogust Goodhead, que anteriormente abriu um caso semelhante na Grã-Bretanha contra a mineradora australiana BHP.
A Vale, que possui conjuntamente a Samarco com a BHP, disse que “reforça seu compromisso de apoiar a reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão”, acrescentando que até o final de fevereiro havia alocado 36,51 bilhões de reais (7,3 bilhões de dólares) a medidas de reparação e compensação.
O rompimento da barragem na cidade de Mariana, no sudeste, causou um gigantesco deslizamento de terra que matou 19 pessoas e poluiu gravemente o Rio Doce, comprometendo o curso d’água até sua desembocadura no Oceano Atlântico.
Um juiz federal brasileiro decidiu este ano que a Vale, a BHP e a sua joint venture Samarco devem pagar 47,6 mil milhões de reais (9,4 mil milhões de dólares) a um fundo estatal em indemnizações pelo rompimento da barragem.
Essa decisão não se aplicava a vítimas individuais, disse Pogust Goodhead em janeiro.
O processo foi iniciado na Holanda contra a Vale SA e a Samarco Iron Ore Europe BV, subsidiária holandesa da Samarco. Os advogados disseram que garantiram que os ativos da subsidiária holandesa da Vale seriam protegidos no caso de um resultado bem-sucedido da ação.
Fonte: Agência Reuters
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