A polícia portuguesa prendeu 13 pessoas que, segundo a polícia, forneceram a mais de 10.000 estrangeiros autorizações de residência e documentos que lhes permitiam permanecer em Portugal e na União Europeia em troca de subornos, informou a polícia, nesta quinta-feira (8).
Um porta-voz da Polícia Judiciária disse que os subornos pagos ao grupo, que incluía um funcionário do Ministério das Relações Exteriores, um advogado e vários empresários, totalizaram em média 15.000 euros (US$ 16.950) por pessoa.
Os estrangeiros pagaram para obter contratos de trabalho falsos que lhes permitiam permanecer no país e, em seguida, obter autorizações de residência, abrir contas bancárias e acessar o sistema de previdência social. Muitos deles partiram para outros estados-membros da UE, segundo a polícia.
O governo de centro-direita de Portugal endureceu algumas regras de imigração no ano passado, refletindo tentativas em outras partes da Europa de conter a ascensão da extrema-direita, e no sábado prometeu deportar 18.000 imigrantes ilegais nos próximos meses.
Não ficou imediatamente claro se aqueles que se beneficiaram do esquema ilegal estavam entre eles.
Ainda assim, o país permanece relativamente aberto a migrantes, especialmente de países africanos de língua portuguesa e do Brasil. Muitos especialistas argumentam que o aumento da imigração impulsionou o crescimento econômico.
Embora se espere que o sentimento anti-imigração desempenhe um papel nas eleições antecipadas de 18 de maio, o partido de extrema-direita Chega tem se mantido estável ou em queda nas pesquisas de opinião após um aumento nas eleições anteriores, no ano passado. A Aliança Democrática, de centro-direita, do primeiro-ministro Luis Montenegro, parece destinada a conquistar a maioria dos votos.
Fonte: Agência Reuters/Andrei Khalip
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