A cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, se tornou a primeira do mundo a iniciar, nesta quarta-feira (3), uma vacinação em massa contra a dengue. A vacina utilizada é o imunizante Qdenga, desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda.
A expectativa é que 150 mil moradores do município, com idades entre 4 e 59 anos, recebam as duas aplicações gratuitamente até agosto.
Essa imunização em massa faz parte de um projeto inédito da Takeda em parceria com o município e com o pesquisador Julio Croda, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. O objetivo é avaliar o impacto da vacinação na vida real.
Vale ressaltar que essa iniciativa não tem relação com a campanha nacional que será realizada pelo Ministério da Saúde nos próximos meses e será destinada apenas a determinados grupos.
A prefeitura informou que o laboratório já entregou cerca de 90 mil doses de vacina, de um total de 300 mil previstas. O Núcleo de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde começou a distribuir as doses para os postos de saúde nesta quarta-feira. Para receber a primeira dose, basta comparecer à unidade mais próxima com CPF e carteirinha do SUS.
A parceria entre a Takeda e Dourados começou antes mesmo de o Ministério da Saúde decidir incorporar a vacina no Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa é semelhante às realizadas em Serrana, com a CoronaVac, e em Botucatu, com a AstraZeneca. A Takeda reafirma seu compromisso com o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A expectativa é que o município receba mais 70 mil doses até o fim de janeiro e tenha quantidade suficiente para vacinar todos os 150 mil moradores almejados até o fim do mês.
A vacina da Takeda demonstrou uma eficácia geral de 80,2% para evitar contaminações e de 90,4% para prevenir casos graves nos testes clínicos.
Segundo o secretário municipal de Saúde de Dourados, Waldno Lucena, se essa eficácia se traduzir na vida real, pode haver uma queda drástica nas hospitalizações.
O Brasil é o país com mais casos de dengue no mundo, responsável por mais da metade dos diagnósticos registrados globalmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2023, o país bateu o recorde de ano com mais mortes causadas pela doença, com 1.094 óbitos confirmados e outros 218 em investigação. Em relação aos casos, foram registrados 1.658.816 diagnósticos prováveis da infecção pelo vírus, com 52.871 hospitalizações.
Fonte: Jovem Pan News
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