O Ministério da Saúde confirmou dois casos de sarampo no município de São João de Meriti, no Rio de Janeiro. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) e pela Fiocruz. Os casos envolvem duas crianças da mesma família, que receberam atendimento médico e passam bem.
Após a notificação do caso suspeito pelo município, as equipes de Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária e de Imunização da SES-RJ cumpriram protocolo de visita técnica pelo Ministério da Saúde para orientar os técnicos da vigilância epidemiológica municipal. Um alerta com nota técnica também foi enviado às coordenadorias de vigilância dos 92 municípios do estado.
A vigilância segue acompanhando as ações adotadas pelo município:
Vacinação dos profissionais de saúde da unidade em que os casos foram detectados
Busca ativa por casos suspeitos na região.
“A partir da notificação dos casos suspeitos, orientamos o município a realizar levantamento de todos os pacientes que foram atendidos no período em que as crianças permaneceram na unidade municipal para constatação de eventuais quadros semelhantes e monitoramento por parte das equipes de saúde, bem como a verificação do esquema vacinal dos familiares das pacientes”, afirmou Mário Sergio Ribeiro, subsecretário estadual de Vigilância e Atenção Primária à Saúde.
De acordo com o subsecretário, até o momento, não houve outros casos suspeitos relacionados às duas crianças.
Em fevereiro, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou o caso de uma criança, de 6 anos, em Itaboraí, na Região Metropolitana.
Em 2024, o estado do Rio de Janeiro notificou 207 casos suspeitos de sarampo, dos quais 205 foram descartados, um foi confirmado e um permanece em investigação.
Em 2025, até o momento, foram notificados 30 casos, dois deles foram confirmados, dez foram descartados e 18 seguem em investigação laboratorial.
Sarampo no Brasil
De acordo com critérios internacionais, os casos não interferem no status do Brasil como país livre da circulação do vírus do sarampo, da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita, reconquistado em novembro de 2024. Casos esporádicos são comuns e têm sido reportados por outros países.
Em novembro de 2024, o Brasil recebeu a recertificação de país livre do sarampo pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). O país já havia conquistado esse status em 2016, mas, em 2018, a reintrodução do vírus ocorreu devido às baixas coberturas vacinais.
A medida mais efetiva para a prevenção do sarampo e o controle de surtos e epidemias é a vacinação, ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para a população de 12 meses a 59 anos, de acordo com as indicações do calendário nacional de vacinação de rotina. O esquema completo consiste em duas doses para pessoas de até 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Para as crianças, a vacinação deve ocorrer aos 12 e 15 meses de idade. Os estoques de vacinas contra o sarampo estão garantidos em todo o país.
Sintomas
A população deve ficar atenta aos sintomas do sarampo:
- Febre alta,
- Tosse,
- Coriza,
- Conjuntivite e
- Manchas avermelhadas pelo corpo
Quem deve se vacinar
A manutenção do calendário de vacinas em dia é obrigatório.
O Ministério da Saúde recomenda duas doses de vacina: a primeira aos 12 meses de idade, com a vacina Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola), e a segunda aos 15 meses, com a Tetra Viral (que inclui varicela).
Pessoas de 1 a 29 anos devem ter duas doses da Tríplice Viral. Já adultos de 30 a 59 anos devem ter pelo menos uma dose.
Profissionais de saúde precisam comprovar duas doses independentemente da idade. Em situações de surto, crianças de 6 a 11 meses podem receber uma dose extra, chamada de “dose zero”.
Fonte: Ministério da Saúde/g1
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