O governo da Venezuela publicou nas redes sociais um vídeo de recrutamento para as milícias bolivarianas transformando o presidente Nicolás Maduro em um super-herói chamado ‘Superbigode’.
No vídeo, feito com animação, ele comenta da necessidade da defesa da soberania contra ‘ameaças’ em meio a presença dos Estados Unidos no mar do Caribe e depois do ataque contra um barco que supostamente transportava droga do território venezuelano.
‘A Venezuela é uma nação de libertadores! Nossa cultura não é guerreiro; a milícia é o reflexo do espírito popular, sempre disposto a defender sua soberania. A nação nos convoca para a unidade absoluta. Com a força invencível de sua organização, este povo consciente está se erguendo. Essa é a nossa verdade! Unidos, venceremos!’, diz o texto assinado por Maduro.
O governo da Venezuela anunciou um reforço especial de destacamento e mais ações de combate ao narcotráfico no país, especialmente nos estados de Zulia, Falcón, Nueva Esparta, Sucre e Delta Amacuro, bem como nas costas e áreas fluviais.
As informações foram reveladas nesse domingo (7) pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, em publicação nas redes sociais. Elas já tiveram início no próprio domingo.
Em um vídeo, o ministro diz que, atualmente, já há 25 mil militares na chamada zona de paz número um, em que se tem os estados de Táchira e Zulia. Com isso, ele aumentou o reforço em outras regiões famosas pelo tráfico de drogas.
“Ninguém vai vir e fazer o trabalho por nós. Ninguém vai pisar nesta terra para fazer o que devemos fazer”, disse.
O combate ao narcotráfico foi justamente o ponto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar um reforço militar na região do Caribe, bem próximo da Venezuela. Foram enviados navios e caças para a região. Além disso, um ataque foi realizado, matando 11 pessoas em uma embarcação.
Apesar disso, o governo venezuelano nega que o ataque ocorreu. Na última semana foi a vez do Procurador-Geral da Venezuela se pronunciar. Tarek William Saab negou o ataque, que teria ocorrido no mar do Caribe, e classificou o caso como uma ‘operação extremamente grosseira e inaceitável’, que tinha como objetivo gerar instabilidade no país.
De acordo com o jornal venezuelano El Nacional, ele questionou a veracidade do caso e disse que o ataque ‘não ocorreu’.
O procurador também criticou a falta de detalhes sobre o suposto evento e as imagens divulgadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em sua rede social Truth Social, que ele descreveu como um ‘vídeo animado’. Da mesma forma, outras autoridades venezuelanas se manifestaram sobre o assunto e, nesse contexto, também rejeitaram a versão do ataque.
Fonte: CBN
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