A extensão da trégua nos combates entre Israel e Hamas entrou em vigor após a libertação de reféns pelo grupo armado e de prisioneiros pelo governo israelense, na segunda-feira (27).
Mark Regev, conselheiro sênior do primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu, havia confirmado que a prorrogação de dois dias do acordo original foi alcançada, acrescentando que ela teria início após a conclusão da transferência de reféns.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou a pausa nos combates e destacou que “não vamos parar até que todos os reféns detidos pelos terroristas do Hamas sejam libertados”.
Onze pessoas detidas pelo Hamas foram soltas, na segunda-feira (27), tendo chegado com sucesso ao Centro Médico Sourasky de Tel Aviv, a maior unidade de cuidados intensivos de Israel, segundo confirmou o Ministério da Saúde de Israel.
Equipes médicas e outros profissionais do hospital estarão presentes para prestar qualquer atendimento médico ou psicológico, complementou o ministério.
”Queremos lembrar que estes são momentos delicados para os reféns libertados e suas famílias e desejamos preservar sua privacidade. Todo o sistema de saúde está preparado para receber quem retornar a Israel e se preparando para amanhã”, disse a nota.
Em troca, 33 palestinos foram libertados de várias prisões israelenses, na segunda-feira, informou o serviço penitenciário israelense. Eles saíram das prisões de Damon, Megiddo, Ofer, Ktzi’ot, Ramon e Nafha, segundo o serviço.
Até agora, o Hamas soltou 69 reféns, principalmente mulheres e crianças. Israel, por sua vez, libertou 150 palestinos da prisão, principalmente mulheres e menores de idade, muitos dos quais foram detidos, mas nunca acusados formalmente.
Próximos passos
O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, advertiu que os militares lutarão com mais força quando a trégua terminar e que a operação será realizada em toda a Faixa de Gaza.
Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, viajará para Israel e outros locais no Oriente Médio esta semana.
Ele discutirá a sustentação do fluxo de ajuda humanitária para o enclave, “o futuro de Gaza” e a necessidade de um Estado palestino independente, disse um funcionário do Departamento de Estado.
Quanto à libertação de mais reféns, há um problema a ser enfrentado pelas autoridades internacionais, pois nem todas as cerca de 240 pessoas detidas durante o ataque de 7 de outubro estão, ou estavam, sob poder do Hamas.
Entre 40 e 50 reféns foram mantidos pela Jihad Islâmica Palestina ou outros grupos. O acordo de trégua exige que o Hamas – e não outro grupo – entregue reféns.
Mais de 14.8 mil palestinos foram mortos em ataques israelenses contra Gaza entre 7 de outubro e 23 de novembro, segundo dados do Ministério da Saúde palestino na Cisjordânia, que extrai seus dados das autoridades de saúde geridas pelo Hamas na Faixa de Gaza.
Isso inclui ao menos 6 mil crianças e 4 mil mulheres, segundo o comunicado.
Fonte: CNN News
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