O Brasil, com sua imensa diversidade cultural, carrega em sua identidade as fortes raízes da herança africana. Para quem deseja conhecer de perto essa riqueza, há roteiros turísticos que oferecem uma verdadeira imersão na história e na cultura da afrodiáspora — experiências que conectam viajantes aos marcos históricos e às contribuições fundamentais da população afrodescendente.
São destinos que têm em sua identidade a valorização da herança afro-brasileira, onde o protagonismo da população negra na formação dos patrimônios culturais do país se destaca com o incentivo à oferta de serviços turísticos especiais e cheios de significado.
Salvador (BA)
Fitas de Nosso Senhor Bonfim, símbolo mais conhecido da cidade de Salvador e da Bahia. Foto: Christian Edelmann/iStock
A capital baiana é o coração da cultura afro-brasileira. Desde o Pelourinho, com suas ladeiras históricas e casarões coloridos, até as celebrações do Candomblé, tudo na cidade transpira ancestralidade africana. Entre os passeios imperdíveis está a caminhada Salvador Negra, que oferece um tour por pontos importantes da cultura negra e pelo Museu Afro-brasileiro, que conta com mais de 1,1 mil peças no acervo, além de outros locais que contribuem para a divulgação e a preservação dessa cultura.
São Luís (MA)
São Luís, Maranhão. Foto: Márcio Diniz/Catraca Livre
A segunda capital com maior população negra em termos proporcionais, a cidade maranhense aparece no cenário do afroturismo nacional, onde está o Museu Cafuá das Mercês, dedicado à memória negra da cidade. São Luís também é conhecida como a capital nacional do Reggae e abriga o maior Quilombo Urbano da América Latina, onde tem o Roteiro Quilombo, premiado nacionalmente. Bem perto da cidade, também é possível visitar a cidade histórica de Alcântara, e visitar comunidades quilombolas.
Maceió (AL)
Maceió, Alagoas. Foto: André Cecim/iStock
A cidade promove roteiros que permitem uma visita a locais importantes, como o Instituto Histórico e Religioso de Alagoas. O estado também preserva legados da história dos negros em Palmares, na Serra da Barriga, a aproximadamente 80 quilômetros da capital. O Parque Memorial Quilombo dos Palmares permite saber mais da história de um dos grandes nomes da resistência, oferecendo um olhar mais impactante sobre a influência dele.
Rio de Janeiro (RJ)
Sítio arqueológico Cais do Valongo e Cais da Imperatriz, na região portuária do Rio. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A região da capital carioca conhecida como a “Pequena África”, abrange o território da zona portuária e os bairros da Praça Onze e Estácio, local de desembarque de africanos escravizados no Brasil, representa um dos mais importantes legados da cultura negra no país.
O afroturismo não é apenas uma forma de viajar; é uma jornada de reconexão, valorização e aprendizado. Conhecer esses destinos é uma oportunidade de celebrar a história e a resiliência do povo negro no Brasil, enquanto se fortalece a luta por igualdade e reconhecimento.
Fonte: Catraca Livre Viagem/MTur
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