Unidas por três pontes – conhecidas pelo nome de Primeira, Segunda e Terceira – Vitória e Vila Velha se complementam quando o assunto é turismo, num roteiro com praias, história, moqueca e chocolate. Que tal um roteiro de dois dias pelas principais metrópoles capixabas?
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Dia 1
Como toda capital litorânea, pegar praia é a primeira coisa que vem à cabeça. Com 6 km de extensão, Camburi é a praia mais famosa e movimentada de Vitória. Infra por lá é o que não falta: barracas de praia, um calçadão bom para caminhar e pedalar, faixa de areia bem generosa e um mar com poucas ondas.
Um dos cantinhos que os capixabas gostam de frequentar é a Ilha do Boi, que tem duas pequenas praias, chamadas de Direita e Esquerda. Para conseguir um lugar ao sol, é preciso chegar bem cedo, afinal, elas possuem cerca de 100 metros. Não há barracas, mas vendedores ambulantes aparecem nas duas praias.
hora do almoço é momento de provar uma autêntica moqueca capixaba, que difere da baiana ao não levar leite de coco e azeite de dendê. Vá para um lugar chamado Triângulo das Bermudas, um point gastronômico na Praia do Canto.
Moqueca capixaba. Foto: Valter Monteiro/Abril
Uma vez apresentado à moqueca, hora de conhecer a produção de uma de suas matérias-primas. Justamente a que não vai à boca, mas é essencial para o bom resultado final: a panela de barro. Pelas avenidas Nossa Senhora da Penha e Fernando Ferrari, em 15 minutos, chega-se ao bairro das Goiabeiras. Na Associação das Paneleiras, pode-se conhecer todo o processo de confecção do utensílio.
Panela de barro capixaba. Foto: Tadeu Bianconi
A panela de barro é a maior manifestação do artesanato capixaba. Há pelo menos 400 anos a tradição é passada de mãe para filha e foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Para o fim de tarde, duas opções: quem viaja com crianças, pode ficar ali pertinho para aproveitar o Parque da Pedra da Cebola, um lugar com mini fazenda, laguinho e um mirante junto a uma pedra em formato de cebola que descansa sobre uma rocha.
Se preferir explorar a história de Vitória, cruze a cidade em direção ao Centro Histórico. Em uma caminhada levemente íngreme, dá para conhecer o Palácio Anchieta, sede do governo estadual, mas aberto à visitação; a neogótica Catedral Metropolitana e o Teatro Carlos Gomes, inspirado no Teatro Scala, de Milão.
A Praia do Canto, que é mais um bairro do que uma praia, é o point noturno e endereço dos principais shoppings de Vitória.
Dia 2
Ao atravessar a cênica Terceira Ponte, olhe para o lado direito é verá uma construção no alto do morro que se agiganta à medida em que nos aproximamos de Vila Velha. Pois bem, o Convento Nossa Senhora da Penha é o programa número um do dia.
Fundado em 1558, a principal edificação católica do Espirito Santo tem uma vista de encher os olhos e uma capela que guarda a imagem de Nossa Senhora da Penha. Para chegar no alto há três maneiras: a pé, numa íngreme caminhada de 1 km; de carro próprio, com a árdua tarefa de achar um lugar para estacionar e manobrar; ou com as vans que fazem o percurso a cada 15 minutos.
Convento de Nossa Senhora da Penha. Foto: Divulgação/Setur-ES
O capixaba tem dois orgulhos de seu estado: o rei Roberto Carlos e a Fábrica de Chocolate Garoto, essa última localizada em Vila Velha. Com agendamento prévio, é possível fazer o Chocotour, visitando a fábrica, o museu, a loja, com direito à degustação de bombons (cheque sobre o funcionamento). É possível visitar apenas a loja e o museu, que conta a cultura do cacau, a do chocolate e uma linha do tempo da fábrica – nesse caso, não há necessidade de agendamento.
Fábrica de Chocolates Garoto, Vila Velha. Foto Divulgação/Setur-ES
Hora da praia, né! Siga por 12 km pela Rodovia do Sol até a encontrar a Barra do Jucu, que, apesar das ondas fortes, tem boa estrutura e trechos mais tranquilos para o banho nos dois extremos.
Se der sorte, pode ver algum grupo dançando o Congo, típico do local. Sem contar que o almoço tardio pode ser feito por lá mesmo.
Praia da Barra do Jucu, Vila Velha. Foto: Divulgação/Setur-ES
De volta a Vitória, quem aguentar o tranco pode dar uma esticadinha noturna no Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto, para petiscar e bebericar em um dos bares da região.
Fonte: Viagem e Turismo/Abril
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