São João del-Rei, interior de Minas Gerais, se destaca no cenário nacional ao preservar parte de sua história não apenas em suas ruas e construções, mas também sobre trilhos. O município mantém em atividade um dos raros trens a vapor do Brasil, atraindo turistas de todas as regiões que desejam viver uma experiência única.
A ligação entre São João del-Rei e Tiradentes se dá pela Estrada de Ferro Oeste de Minas, inaugurada no século XIX e ainda hoje símbolo do passado ferroviário do estado.
Conhecida por seu patrimônio arquitetônico e cultural, a cidade mineira reúne igrejas barrocas, casarões coloniais e tradições que se manifestam por meio da música e festas populares. O ritmo desacelerado do trem a vapor proporciona aos visitantes uma verdadeira viagem no tempo, integrando natureza, saberes centenários e paisagens que se mantêm praticamente inalteradas desde o apogeu do ciclo do ouro em Minas Gerais.
Turismo ferroviário em São João del-Rei
Vista aérea de São João Del Rei. Foto: YouTube/ Vídeo Drone Alves
A paixão pela ferrovia em São João del-Rei remonta a 1881, ano em que Dom Pedro II inaugurou a primeira estação da Estrada de Ferro Oeste de Minas. O desenvolvimento econômico e social do município sempre esteve ligado aos trilhos, que por décadas serviram como principal meio de transporte de passageiros e mercadorias na região. Com o passar do tempo, mesmo diante do avanço de outros modais, a cidade preservou locomotivas, oficinas e vagões históricos, culminando no fortalecimento do turismo ferroviário.
O percurso realizado atualmente entre São João del-Rei e Tiradentes é dedicado exclusivamente a visitantes interessados em reviver o charme do antigo trem a vapor. Esse resgate da memória ferroviária contribuiu para a valorização dos bens históricos locais e impulsionou o comércio regional. Além do passeio, o acervo do Museu Ferroviário complementa a experiência, tornando a visita ainda mais educativa e envolvente.
O centro histórico de São João del-Rei abriga igrejas como a de São Francisco de Assis, famosa pelos sinos e pelo órgão de tubos ainda utilizados em missas e concertos. As ruas calçadas em pedra, ladeadas por casarões seculares, convidam para caminhadas que revelam detalhes da arquitetura colonial conservada graças a políticas de tombamento e restauração. Grupos de seresteiros mantêm viva a tradição musical, principalmente em festas religiosas e eventos locais.
O turismo cultural oferece alternativas que incluem visitas a museus, ateliês de arte sacra, lojas de artesanato e eventos tradicionais, a exemplo da Semana Santa, famosa pelas procissões acompanhadas por bandas centenárias.
Fonte: Lance Viagens
Comente este post