Em um movimentado shopping center de Caracas, o som de música e risos anuncia mais uma reunião do Clube Tobias. Este não é um clube social comum; é uma tábua de salvação para venezuelanos com mais de 60 anos, muitos dos quais vivem sozinhos depois que seus filhos e netos emigraram.
Angela Graterol, de 93 anos, é frequentadora assídua. Três dos seus seis filhos moram no exterior, e um deles a incentivou a participar. Ela diz que dançar toda quinta-feira a trouxe “de volta à vida”.
“A música me preenche”, ela sorri. “Meus pés começam a se mover sozinhos.”
Graterol costuma ser acompanhado por Juan Fuentes, um soldado aposentado de 90 anos cuja filha mora na Europa. Ele sai de casa, onde pratica suas músicas favoritas, anotando as letras que teme esquecer.
Estima-se que a Venezuela tenha 3,5 milhões de idosos. Quase 8 milhões de cidadãos do país deixaram o país nos últimos anos, segundo a ONU.
“Com a migração, muitos de nós, idosos, ficamos sozinhos”, diz Zandra Pedraza, 77, que cofundou o clube há três anos para combater a solidão entre os idosos.
O Club Tobias agora conta com 15 unidades. O cofundador José Rafael Quintana motiva a todos com um lema simples: “Se você não se move, você paralisa”. Para Graterol, Fuentes e centenas de outros, o clube é mais do que apenas um lugar para dançar; é uma comunidade vibrante que prova que diversão não tem limite de idade.
Fonte: Reuters/Efrain Otero e Camille Ayral
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