O Festival Movimento Cidade está de volta, para a sua 6ª edição, prometendo transformar o Parque da Prainha, em Vila Velha, no maior palco de artes integradas do Espírito Santo.
O evento gratuito vai celebrar, de sexta-feira (16) a domingo (18), a diversidade cultural através de uma programação repleta de mostras de cinema, shows musicais, oficinas, batalhas culturais e arte urbana.
Um dos grandes destaques deste ano são as galerias de arte urbana espalhadas pelo parque, criando uma verdadeira galeria a céu aberto.
O espaço “Resistir sobre a Prainha: Atos-manifesto” vai explorar intervenções e performances que refletem sobre o legado histórico local, destacando a reinvenção e ressignificação do Sítio Histórico da Prainha.
A reinvenção e ressignificação deste espaço serão temas centrais das propostas artísticas.
Propostas selecionadas
Véia do Patuá – Vila Velha (ES)
Yasmin Lima, mais conhecida como Véia do Patuá, mora na Barra do Jucu. Artista e benzedeira, a proposta de intervenção urbana é trazer o “Varal das Benzedeiras”.
Descalços Cia de Artes, Maytê Hensso – Maceió (AL)
Estando em atuação desde 2015, a Cia desenvolve atividades como espetáculos e eventos, já tendo circulado com suas ações em cidades capixabas e nacionalmente em palcos cariocas.
A Descalços ainda se destaca por ser a única no estado a ser dirigida por uma mulher trans, Maytê Hensso, e ter sua formação totalmente composta por corporeidades dissidentes. Eles trazem a performance artística “Para Rosas e Tridentes”.
Pabluxu – Vila Velha (ES)
Pablo Vieira, conhecido como Pabluxu, é graduando finalista do curso de Artes Visuais/UFES, e atua nas áreas da produção cultural, direção de arte, arte educação, educação social, fotografia e música (DJ).
Os trabalhos artísticos buscam outras representações e narrativas para o corpo negro através da fotografia e do vídeo. A proposta de intervenção urbana é trazer o “O conflito começou quando eu vi o fim”.
“Olhar a Cidade: Prainha”
Outra proposta do Movimento Cidade é a exposição “Olhar a Cidade: Prainha”, onde os visitantes poderão se inspirar com imagens da Prainha capturadas por talentosos fotógrafos.
A exposição vai destacar a beleza natural, a vida cotidiana, a história e a interação dos moradores com o espaço, além de ser um convite para o público mergulhar na vida cotidiana do bairro, celebrando a vida em comunidade e a beleza do simples.
Os fotógrafos e fotografias selecionados são: Barcos ao Entardecer (2010), de Angélica Dornelas; Caos do Porto, de Ely; Acervo: Memória Capixaba (1940), de Fábio Pirajá; Acervo: Memória Capixaba (1930), de Fábio Pirajá.
Acervo: Memória Capixaba (1920), de Fábio Pirajá; Acervo: Memória Capixaba (1940), de Fábio Pirajá; Histórias da Prainha (2024), de Chicow; Desmentalidade Colonial (2024), de Chicow; Espera Feliz (2023), de Paula Stein; Brincadeira de Criança (2023), de Paula Stein. Uma prévia das fotografias podem ser conferidas pelo Instagram.
‘Planetas Brasileiros’
O festival também conta com a instalação “Planetas Brasileiros”, que vai apresentar grandes bolas infláveis espalhadas pelo festival, cada uma representando uma região do Brasil (sul, sudeste, centro-oeste, norte e nordeste). Os artistas convidados integrarão elementos únicos de suas regiões nesses “planetas”, criando uma experiência visual e culturalmente rica.
Os artistas criaram artes exclusivas para o MC, integrando elementos únicos que vão se espalhar pelo festival.
Os responsáveis pelas artes são: os Planeta “Norte”, por Douglas Jacinto (TO); Planeta “Sudeste” por Amanda Lobos (ES); Planeta “Nordeste”, por Tassila Custodes; Planeta “Centro Oeste”, por Irmãos Credo; Planeta “Sul”, por Marcella Calado. Uma prévia das instalações pode ser conferida pelo Instagram.
Já a “Galeria Croma” será o espaço onde artistas locais e de todo o Brasil vão criar murais de arte urbana ao vivo, permitindo ao público interagir diretamente com o processo criativo.
Instalada na Prainha, a galeria será palco para artistas do todo o Brasil e capixabas desenvolverem, em conjunto, painéis de arte urbana que, unidos, vão formar uma verdadeira galeria a céu aberto.
Durante o festival o público vai acompanhar ao vivo as intervenções artísticas e a evolução das obras, interagindo com os artistas e apreciando a magia da criação em tempo real. Conheça as duplas de artistas: Alex Baum (ES) e Odrus (DF); Thiago Balbino (ES) e Cigana (PE); Iran (ES) e Tuane (SC); Vânia Cáus (ES) e Wira Tini (AM); Doce (ES) e Cazé (RJ).
Outro espaço é a exposição “Reimagina”, que apresentará projetos arquitetônicos desenvolvidos durante uma maratona de oficina organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Espírito Santo (IAB-ES), em parceria com o Movimento Cidade. As propostas trarão ideias inovadoras para o Parque da Prainha, refletindo a criatividade e o compromisso com a sustentabilidade e a acessibilidade.
O projeto começa com uma imersão dos participantes com representantes da comunidade local, mestres em preservação do patrimônio e arquitetos envolvidos com projetos do entorno.
Na segunda parte, é a hora de soltar a criatividade, em que os participantes serão guiados por profissionais de diferentes áreas da arquitetura e urbanismo, para acontecer as principais trocas de saberes aplicadas aos projetos e a evolução até a entrega final de cada inscrito.
Após submetidos os projetos e finalizada a maratona, uma banca de jurados avalia cada um, chegando a um ranking final de vencedores, que estarão expostos durante o evento. Podem se inscrever estudantes e profissionais com até cinco anos de formação em Arquitetura e Urbanismo. A imersão aconteceu nos dias 10 e 11 de agosto.
Fonte: Folha Vitória/Thamiris Guidoni
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