Você já percebeu que quando chamamos uma pessoa pelo nome começa a ser criada uma conexão com o outro? Se ainda não, preste atenção na atuação das equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) de Vitória. A ação dos profissionais transforma esta teoria em prática diária, criando elos, trazendo sentimento de alegria, reconhecimento, valor e, o que para eles é o mais importante, a possibilidade de intervenção.
Um exemplo mais recente é o caso de uma senhora em situação de rua que estava embaixo de uma marquise em uma das equinas da Avenida Alberto Torres, nos arredores da tradicional pracinha de Jucutuquara – Praça Asdrúbal Soares, na última sexta-feira (19). Até então cabisbaixa, a senhora levantou o olhar, quando ouviu chamarem o seu nome: Dona E. (por motivo de sigilo não podemos divulgar).
A assistente social Valeska comentou que as equipes fazem um monitoramento diário, de 8 às 24 horas, sete dias por semana, dos territórios e, foi em um desses monitoramentos em Jucutuquara que a dona E. foi abordada. “Por seu uma pessoa idosa, dona E. é prioridade nas abordagens. Com as abordagens diárias vamos evoluindo no processo, apresentando e tentando encaminhamentos para nossa rede de serviços”, destacou.
Ao ser questionada sobre qual o maior desafio da equipe de Abordagem, a expressão facial da assistente social Valeska mudou para um olhar triste e pensativo. Ela disse: “A aceitação da pessoa”.
Logo em seguida, ao ser perguntada sobre a satisfação em atuar no serviço de Abordagem Social às Pessoas em Situação de Rua, Valeska foi mais rápida na resposta: “Quando conseguimos que a pessoa aceite nossa intervenção. Colaborar para que supere a situação de rua não tem preço. Isso, para mim, é ter sucesso”.
O Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), da Secretaria de Assistência Social de Vitória (Semas) realiza diariamente o monitoramento da cidade. São realizadas abordagens sociais, orientações e encaminhamentos às pessoas em situação de rua para rede de serviços, conforme demanda apresentada e aceitação dos mesmos às intervenções propostas. Para situação de rua ser superada, a pessoa precisa acessar outras políticas públicas e dessa forma, o trabalho intersetorial é extremamente importante.
Os principais encaminhamentos são para alimentação, higienização, atendimento psicossocial, documentação, espaços de capacitação e avaliação pra concessão de benefício passagem (quando migrante). O trabalho é realizado diariamente de domingo a domingo, nos três turnos (manhã, tarde e noite). A equipe é composta por assistente social, psicólogo e educadores.
A gerente de Proteção Social de Média Complexidade da Semas, Fabíola Calazans, disse que a cada abordagem busca-se acessar as memórias, informações e resgatar histórias por meio do atendimento. “Desta forma, criar vínculo com eles para que sintam a importância de que sejam protagonistas de suas vidas, de suas histórias num esforço de todos para a superação da condição de situação de rua”, explicou.
Para a secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, o impacto social do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) é enorme para garantia de direitos. “Este serviço é de suma importância, visto que a ação das equipes de atenção imediata aos cidadãos que se encontram em vulnerabilidade extrema. Ao entrarem em cena, estão intervindo para garantir a eles acesso à rede de serviços e seus direitos”, disse a secretária.
Cintya Schulz fez questão de enfatizar: “na Assistência Social trabalhamos todos os dias para cuidar das pessoas, para que seus direitos sejam garantidos e que a situação de rua seja superada e o trabalho das equipes do Seas é primordial”.
Fonte: Assessoria/Texto: Rosa Blackman – Edição: Andreza Lopes
Abordagem realizada na avenida Alberto Torres, nos arredores da tradicional pracinha de Jucutuquara.
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