Usar a imaginação, a criatividade, o pensamento computacional e resolver um problema: como transportar uma mercadoria pela cidade? Esse foi o desafio das turmas dos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) Marlene Orlande Simonetti, em bairro República, e do Cmei em Tempo Integral Silvanete da Silva Rosa Rocha, em Comdusa, que participaram do desafio First Lego League Discover.
No Cmei TI Silvanete, as crianças foram envolvidas em um trabalho com território, conhecendo da geografia da cidade, dos modais de transporte terrestre, aéreo e aquaviário.
“Cada pecinha colocada no projeto tem uma intenção, foi pensado pelas crianças. Eles observaram muito o trânsito aqui próximo ao Cmei, que é perto da realidade deles. O material é enriquecedor. É um projeto pioneiro na Educação Infantil e concorremos com unidades de ensino do Brasil inteiro para conquistar esse edital. As crianças foram provocadas a pensar o transporte a cada passo a passo. Tudo o que está montado não foi por acaso. É um projeto que queremos levar para frente, com outras turmas do nosso Cmei, até o grupo 4, que é faixa etária do material”, destacou a diretora Waldirene do Carmo.
Divididos em grupos de quatro crianças, os pequenos apresentaram seus projetos e explicaram como pensaram o transporte da cidade. “A gente fez ponte, fez um guindaste pra pegar as coisas pesadas, fez a rua, a cidade. A nossa cidade tem praia, tem que ter um barco”, disse Luiz Guilherme Alves, do grupo 6.
“A gente pensou no ônibus de três andares, porque cabe mais gente e diminui o carro na rua. A gente pensou em fazer mais uma ponte, pra passar mais carros, de um lugar pra outro lugar”, explicou Maria Laura da Silva, do grupo 6.
Orgulhosa do que ouviu em casa e viu na unidade de ensino, Aline de Jesus Almeida, mãe de Aysllan Kaike Jesus Xavier, ficou surpresa ao conhecer o trabalho desenvolvido pelas crianças.
“Eu recebi com surpresa o comunicado desse projeto. Pra mim, Lego era tudo igual, só um brinquedo. Quando a professora contou o que era, achei muito interessante. O Aysllan contou nos mínimos detalhes, falando de montar a cidade, que ia fazer a ponte para transporte. Ele ficou muito animado. É muito interessante ter essa atividade na Educação Infantil”, avaliou.
Pensando a cidade
As equipes formadas no Cmei Marlene Orlande Simonetti também surpreenderam com criatividade e imaginação para pensar um desafio das cidades, que é o transporte.
“Tivemos dez sessões com as crianças, nas quais elas pensaram e repensaram na logística do transporte da cidade, para resolver essa dinâmica. Esse é um material que encanta. Elas aprenderam sobre como tudo que consumimos é transportado, organizado e entregue a seus destinos. Relacionaram o transporte de carga com o transporte de pessoas e as respectivas dificuldades de logística. Precisaram repensar como o transporte de cargas é feito de um lugar para outro, criando estratégias para reinventar o futuro do transporte. O mais importante é que elas se divirtam muito durante o percurso. As sessões foram conduzidas de forma lúdica e encantaram as crianças”, detalhou a diretora Fabiana Feitosa.
“Para o transporte, a gente precisou de pensar nos lugares de pegar as coisas, que tinha que ter as ruas, e que tinha ruas só pra isso e outras só pro ônibus. A gente achou legal. A gente fez um parquinho também porque a gente tem que brincar”, contou Marcos Daniel Sabadini, do grupo 6.
“Aqui tem posto de gasolina, porque o carro tem que andar, tem parque e o espaço de carga. O carrinho abastece, pra poder ir pros lugares, levar as coisas. Aí precisa de rua, precisa de ponte e um monte de coisas pra fazer o caminho, até chegar”, explicou Francisco Amorim, do grupo 6.
Em outro projeto, o pequeno Gabriel Hulle, do grupo 5, destacou os barcos. “É um barco que leva as pessoas e os bichos no mar, ele navega na praia, vai pela cidade. A gente colocou uma rampa que passa carro em cima e embaixo, aí fica melhor de passar”, pontuou.
Presente na apresentação das crianças, Jeysonel Amorim, pai de Francisco, estava encantado com os trabalhos. “Achei muito interessante pela abordagem, mas pelo tipo de material pedagógica. É uma oportunidade para as crianças, que às vezes não têm acesso. O Francisco já gosta muito de mexer em casa, com o que ele tem, ele tem essa criatividade. Aqui ele teve um material dedicado para isso, colocando em prática as ideias que ele teve”, observou.
As unidades de ensino foram contempladas no processo seletivo realizado pelo Instituto Positivo, Disney, Lego Foundation Dow e First para participarem do projeto de robótica deste ano e receberem gratuitamente materiais Lego Education.
Fonte: Assessoria/Texto: Brunella França – Edição: Andreza Lopes
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